Raio X

Opala de Fogo - Biografia

  Embora seja algo bastante comum, falar em projetos pessoais na 3ª pessoa seria um pouco estranho para mim. Como tal, será mais fácil dizer que a Opala de Fogo é um trabalho a solo que iniciei por volta de 2018, altura em que decidi gravar alguns temas meus antigos e acrescentar ao mesmo novas músicas com vista à criação de um álbum. Por entre pandemias e reviravoltas da vida, o disco apenas estaria finalizado em 2022. No momento em que tomei a decisão de me meter nesta aventura, já não gravava um trabalho desde 2012, época em que era guitarrista fundador e principal compositor dos SetePontoQuatro. Uns anos antes disso, em 2008/2009, tinha também trabalhado como guitarrista com os Aqui d´el Rock, no que se esperava ser o regresso da mítica banda. Tal não chegou a acontecer, mas gravaram-se algumas novas versões dos temas clássicos e ainda um disco do seu projeto paralelo chamado Haalma.

  Neste vai e vem de fins e recomeços de que é feito o ADN de tantos projetos musicais, decidi parar algum tempo e ganhar coragem para fazer algo “totalmente” sozinho. É neste contexto, que surge a Opala de Fogo, nomeadamente numa fase da minha vida em que funciona como uma espécie de “catarse”, num processo de busca de paz interior e de exteriorização dos problemas que, ao fim ao cabo, todos enfrentamos, seja a nível pessoal, social ou profissional. “Torre de Ciclones”, título que dá nome ao álbum e também a um dos temas do disco, acaba por funcionar como uma metáfora para esses mesmos problemas, embora sempre com uma mensagem positiva subjacente. Este álbum acabaria, assim, por ser composto e maioritariamente gravado por mim (voz, coros, guitarras, viola campaniça, baixo, teclas). Contudo, nada disto teria sido possível sem a contribuição fundamental, na bateria, de Tom Neiva (que colaborou com bandas como Secret Lie e D.A.M.A.), de Sara Côrte-Real nos coros de alguns temas (que fez parte das bandas de Sérgio Godinho, José Mário Branco e Cool hipnoise), bem como do pianista João de Deus, numa das músicas do disco, e ainda do Grupo Coral de S. Luís (Odemira) num outro tema.

  Quanto à origem do nome Opala, a mesma vem do sânscrito "upala", através do grego "opallos" e do latim "opalus", que significa "pedra preciosa". Diz-se que os gregos acreditavam que garantia poderes de previsão e profecia ao seu detentor, que para os romanos constituía um sinal de esperança e pureza. Já no folclore árabe garantia-se que a pedra teria caído do céu em relâmpagos. Porém, entre as várias opalas existia uma especial, a opala de fogo. Símbolo de amor ardente, os maias e os astecas utilizavam-na em rituais e chamavam-lhe "quetzalitzilipvollitli", a “pedra ave do paraíso”. No entanto, será tudo isto verdade? Ou apenas um mito? Algures no universo estará a resposta e a música que da opala emana.

 

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